A religião aprisiona
Outro dia convidei um irmão, de outra denominação, para sairmos por aí evangelizando jovens que frequentam uma famosa praça da cidade, e ele me disse que o seu pastor não permite que os membros de sua igreja participem de reuniões ou encontros de outros ministérios.
Lembrei de uma época em que eu e outro jovem saiamos pra evangelizar e por vezes até fazíamos reuniões na casa de uma senhora, membro da igreja que nós freqüentávamos na época. O pastor da igreja também nos proibiu, insistimos, e ele contra-atacou, chegou ao ponto de dizer do durante o culto que se quiséssemos evangelizar que evangelizássemos familiares e parentes nossos que não tinham aceitado Jesus e que fizéssemos isso em nossas casas e não nas casas dos outros. Ficamos desestimulados e paramos a obra, paramos de evangelizar. O tempo passou, fui fazer faculdade em outra cidade e quando voltei, depois de algum tempo, me surpreendi ao ver que aquela senhora e toda a sua família que nos convidara a orar em sua casa na época, hoje não freqüenta mais a igreja daquele pastor. Perguntei-me quantas pessoas hoje estão longe da igreja e do evangelho por terem sofrido disciplinas e exclusões. Algumas por que foram vistas de lábios ou unhas pintados, de cabelos cortados, usando calças compridas, colar, brincos, jogando bola, soltando pipa ou incorrendo na prática de alguma outra proibição imposta pela igreja que elas freqüentavam. Os líderes evangélicos que excluíram, ou influenciaram decisivamente na exclusão dessas ovelhas do seu rebanho, estariam praticando uma correta e sadia exegese bíblica?
A assembléia de Deus até bem pouco tempo atrás proibia que suas mulheres usassem calça, mas agora é permitido. O que aconteceu? Deus mudou? Ficou moderno? Ou os homens entenderam que aquela doutrina era de homens e não de Deus?
Paz do Senhor.
Coordenador do MDV.